Reportagem do Jornal da EPTV entrevista pesquisadora do CEPID BRAINN, dra. Clarissa Yasuda, sobre sequelas neuropsiquiátricas da COVID-19.
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Por Hidaiana Rosa e Jorge Talmon, EPTV 1
Para avaliar o desempenho no ambiente de trabalho, pesquisadores avaliaram 300 pacientes infectados pelas principais cepas da doença. Tratamento envolve uma série de exercícios para a memória.
Um estudo da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que mesmo as infecções consideradas leves por Covid-19 podem deixar sequelas neuropsiquiátricas nos pacientes. Entre as consequências da doença observadas estão a fadiga, sonolência e ansiedade.
O objetivo da pesquisa foi também avaliar como essas sequelas influenciam o bem-estar das pessoas no ambiente de trabalho. Para isso, foram avaliados 300 pacientes infectados pelas principais cepas da Covid e que tiveram sintomas leves.
“A gente identificou áreas de atrofia da substância cinzenta nos sujeitos, mesmo que tenham tido Covid leve. A gente percebe que as pessoas que mais têm as alterações são aquelas que estão com muitos sintomas de ansiedade e depressão”, explica a pesquisadora Clarissa Yassuda.
A professora Marcia Bandini foi voluntária desse estudo e destacou as dificuldades que enfrenta no cotidiano depois de contrair a Covid-19.
“Me sentia muito cansada, sonolenta e não esperava que o quadro fosse se arrastar por tanto tempo. Começo a ter dificuldade muito grande de dormir durante a noite, cansaço durante o dia, dificuldade para ler, comecei a perceber falhas de memórias importantes”, afirma.
E o que fazer?
O tratamento para as sequelas da Covid envolve uma série de exercícios para recuperar o desempenho da memória.
“É como se fosse um treino. Se você perde musculatura por conta de um acidente, você tem que fazer uma fisioterapia de reabilitação. Isso aqui é uma reabilitação cognitiva, que, junto com outras medidas, cuidados com a alimentação, a retomada da atividade física e também precisei usar medicamentos para voltar ao meu desempenho normal”, completa.
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