Entrevista: dra. Clarissa Yasuda fala à Rede Minas sobre alterações no cérebro causadas pela COVID-19


CEPID BRAINN - dra. Clarissa Yasuda entrevista Rede Minas TV - Opiniao Minas - capa
Compartilhe! / Share this!

Confira o vídeo completo da entrevista, de 10 min, da dra. Clarissa Yasuda ao programa Opinião Minas, da Rede Minas de televisão, sobre os efeitos da COVID-19 no cérebro.

 

Ansiedade, depressão, fadiga, sonolência – essas podem ser algumas das sequelas da COVID-19 no cérebro. Um amplo estudo da Unicamp acompanha a manifestação e permanência desses sintomas e mostra que mesmo infeções mais leves são capaz de causar alterações estruturais e funcionais no cérebro.

Esse foi um dos temas debatidos no programa Opinião Minas, da Rede Minas de televisão. A edição do dia 28 de junho de 2023 do programa entrevistou a dra. Clarissa Yasuda, professora do Departamento de Neurologia da Unicamp, pesquisadora do CEPID BRAINN, coordenadora do projeto Neurocovid da Unicamp e especialista em COVID, que detalhou os impactos da doença na saúde mental e comentou sobre como as pesquisas estão sendo conduzidas.

CEPID BRAINN - dra. Clarissa Yasuda entrevista Rede Minas TV - Opiniao Minas

A pesquisadora Clarissa Yasuda, do CEPID BRAINN, durante entrevista

 

“Nós ainda estamos investigando, ainda sabemos pouco sobre o vírus – trata-se de um vírus novo, uma doença nova, então ainda há muito a ser descoberto”, afirmou Yasuda. “Nesses 03 anos [de pesquisas], o que temos percebido é que mesmo as pessoas que tiveram infecções leves passam a apresentar, algum tempo depois, algumas alterações, como sono, fadiga, piora na dor de cabeça, muita ansiedade, aumento da depressão, além de outros problemas de cognição. Algumas pessoas melhoram, outras não”.

“Nós não imaginávamos que isso poderia acontecer – o vírus, afinal, era eminentemente relacionado a uma gripe. Estamos acompanhando e analisando o cérebro dessas pessoas, especialmente quem foi infectado de forma leve, para entender o por quê dessas alterações”, completou a pesquisadora.

A dra. Clarissa revelou, ainda, dados impressionantes: estima-se que de 10 a 20% dos indivíduos que foram infectados pela COVID apresentam algum dos sintomas da síndrome pós-COVID. Só no Brasil, esse número pode ser de milhões de pessoas. Yasuda detalhou, também, como as pesquisas com voluntários acontecem na Unicamp, e focou no papel do CEPID e de colaboradores para o bom andamento destes estudos.

Confira abaixo a entrevista completa com a dra. Clarissa Yasuda:


Compartilhe! / Share this!