COVID-19: Rickson Mesquita apresenta, na TV, gráficos sobre número de casos e transmissão da doença na região de Campinas


CEPID BRAINN - Rickson Mesquita no jornal da EPTV - COVID-19 - capa
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Pesquisador do CEPID BRAINN exibe, em telejornal, resultados de estudo exclusivo sobre transmissão da COVID-19.

06 de maio de 2020  | por Redação WebContent

O pesquisador Rickson Mesquita, do Laboratório de Óptica Biomédica do Instituto de Física da Unicamp e membro do CEPID BRAINN, divulgou na televisão os resultados de um estudo exclusivo sobre a taxa de crescimento do número de novos casos de coronavírus na região de Campinas. Os gráficos foram um dos destaques da edição noturna do telejornal da EPTV, da Rede Globo, na edição de 1º de maio. Confira a reportagem no link a seguir.

Assista à reportagem

 

Rickson utilizou dados das Secretarias Municipais de Saúde das cidades da região de Campinas para criar gráficos comparativos das notificações de novos casos e das taxas de transmissão do novo coronavírus na região e em outros estados brasileiros. Os resultados, alerta o pesquisador, indicam que a população não pode relaxar as medidas de distanciamento social.

CEPID BRAINN - Rickson Mesquita no jornal da EPTV - COVID-19

 

DADOS: NOVOS CASOS E TAXA DE ESPALHAMENTO DA COVID-19

Um primeiro gráfico exibido na reportagem – e que compartilhamos na imagem logo abaixo – mostra a taxa de crescimento de novos casos por semana, incluindo os períodos de 13 a 19 de março, 20 a 26 de março, 27 de março a 02 de abril, 3 a 9 de abril, 10 a 16 de abril, 17 a 23 de abril e 24 a 30 de abril. É interessante notar que, antes da adoção da quarentena na cidade (semana 20 a 26 de março), houve a maior taxa de crescimento de uma semana para a outra – foi um aumento de quase 4 vezes. Atualmente, o gráfico indica queda no aumento do número de novos casos, mas revela uma quantidade maior de notificações por semana – são cerca de 400 novos infectados a cada sete dias, um número que tende a crescer.

CEPID BRAINN - Rickson Mesquista na EPTV - taxa de crescimento de novos casos de COVID-19 por semana em campinas

Imagem: EPTV/Rede Globo

 

Apenas nas últimas duas semanas, a curva de crescimento de transmissão teve um aumento de mais de 60%.

“É possível dizer que não estamos no pico [de infecções]”, afirmou Rickson na reportagem. “Analisando o que [aconteceu] em países que já passaram pelo pico, podemos identificar ao menos 3 estágios diferentes da epidemia. O Brasil e a nossa região de Campinas ainda estão no primeiro”, alertou. “Ainda há um número muito alto de novos casos por semana.”

Um segundo gráfico explicado pela reportagem mostra a taxa de espalhamento diário da doença e indica que uma pessoa infectada tem 11% de chances de passar o vírus para outra – o que é um índice elevado.

CEPID BRAINN - Rickson Mesquista na EPTV - taxa de espalhamento diario de COVID-19 em campinas e regiao

Imagem: EPTV/Rede Globo

 

“Particularmente a taxa de espalhamento – de 11% – chamou muito a atenção. Esse número parece pequeno, mas não é”, disse Rickson.

Esses 11% representam uma taxa de espalhamento maior do que a apresentada por estados como Mato Grosso, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte. Os motivos para este número alto na região de Campinas, segundo Rickson, são a quantidade de casos prévios na região e densidade populacional, que é uma das maiores no país. Por isso, manter o distanciamento social é essencial.

 

A ORIENTAÇÃO É MANTER O DISTANCIAMENTO SOCIAL

Sabendo que as taxas de crescimento da doença continuam subindo, que ainda não há qualquer tratamento comprovado efetivo para a COVID-19 e que, de acordo com as projeções de pesquisadores, estamos longe do pico da doença, a reportagem termina com diversos alertas sobre a importância de se manter o isolamento social. Pelo menos até o dia 10 de maio, a Prefeitura de Campinas adota um esquema de quarentena, em que apenas serviços essenciais estão abertos e há campanhas de conscientização sobre a importância do distanciamento social e de se ficar em casa. A reportagem reforça, por meio de entrevista com epidemiologista da Unicamp, que não é hora de relaxar as medidas de isolamento.

Hoje, 86% das cidades da região de Campinas possuem casos identificados de COVID-19. Segundo dados da Prefeitura de Campinas (em 05/05), a cidade tem 418 casos confirmados, com 25 óbitos registrados. Em toda a região, são 1071 casos confirmados e 65 mortes.

Site oficial da Prefeitura de Campinas sobre a COVID-19

 

 


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