Maior estudo colaborativo sobre Parkinson utilizando imagens de ressonância magnética é publicado


CEPID BRAINN - paper sobre alzheimer publicado no movement disorders (1)
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Trabalho contou com a participação da Unicamp e outros 18 centros de saúde de todo o mundo. Pesquisadores do CEPID BRAINN assinam coautoria.

27 de julho de 2021  | por Redação WebContent

O que é o Parkinson?

Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

Qual a causa da doença?

O Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

Quais são os sintomas de Parkinson?

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre diminuição do tamanho da letra). Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

Fonte: Ministério da Saúde

O Parkinson é uma das condições neurológicas mais impactantes na vida de quem está com a doença e de seus familiares. Estima-se que seja a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente em todo o mundo, atingindo cerca de 7 milhões de pessoas – e este número parece estar aumentando ao longo do tempo, conforme a população envelhece. Apesar da alta incidência, ainda há muitas dúvidas em relação às causas e aos efeitos do Parkinson no cérebro conforme a doença avança – dúvidas estas que um novo grande estudo internacional, que contou com a participação de pesquisadores do CEPID BRAINN, pode ajudar a elucidar.

O trabalho “International Multicenter Analysis of Brain Structure Across Clinical Stages of Parkinson’s Disease” é o maior estudo colaborativo já publicado utilizando imagens de ressonância magnética na investigação do Parkinson. O estudo, que pode ser lido no periódico Movement Disorders (publicação oficial da ‘International Parkinson and Movement Disorder Society‘, com fator de impacto 8.679 em 2019 e um dos mais conceituados journals em neurologia clínica no mundo), reuniu dados de 19 centros médicos de todo o mundo, incluindo Japão, Taiwan, Estados Unidos, Nova Zelândia e diversos países europeus. Do Brasil, os pesquisadores dr. Fernando Cendes, do CEPID BRAINN, a dra. Clarissa L. Yasuda, também membro do CEPID, e colegas da Unicamp assinam a coautoria.

Ao todo, dados clínicos e imagens de ressonância magnética do cérebro de mais de 3500 pessoas – parte diagnosticada com Parkinson, parte sem a doença – foram analisados e comparados, analisando-se dados específicos como a espessura do córtex em regiões diversas, área de superfície cortical e volume subcortical. A Unicamp participou fornecendo dados de 248 pessoas.

Diversos resultados relevantes foram relatados, como por exemplo uma espessura cortical, em média, menor em pacientes com Parkinson quando comparados a indivíduos controle ao longo de todos os estágios da doença. Essa espessura foi particularmente menor em estágios mais avançados do Parkinson, associados a problemas cognitivos mais severos. Segundo os autores, este e demais resultados “fornecem novos e robustos parâmetros de imagens que são, no geral, incrementais, mas específicos a estágios da doença em certas regiões”.

Para ler o artigo completo, clique no botão a seguir.

Acesse o estudo na íntegra

 


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