Brincadeiras e Conhecimento: BRAINN se destaca na 67a. Reunião da SBPC


brainn na reuniao SBPC 2015
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CEPID faz divulgação científica sobre o cérebro e doenças neurológicas através de atividades lúdicas e conquista os visitantes da última Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 

Entre os dias 13 e 18 de julho, foi realizada em São Carlos a 67ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). A semana contou com diversas atividades, como conferências, simpósios, mesas-redondas, encontros, minicursos e sessões de pôsteres.

estande do brainn sbpc 2015

O estande do BRAINN foi um sucesso de público.

A edição desse ano registrou 6.378 inscritos, entre cientistas, professores, estudantes, gestores de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de empresas e profissionais de órgãos governamentais de apoio à pesquisa científica e tecnológica. A Reunião foi sucesso também entre o público não especializado: de acordo com estimativa de Helena Nader, presidente da SBPC, cerca de 10 mil pessoas passaram pelo campus da UFSCar todos os dias.

O BRAINN marcou presença no evento. Pesquisadores, alunos de pós-graduação e gestoras associadas ao CEPID se revezaram durante os seis dias para apresentar o centro ao público. Eles notaram o forte interesse pela área de neurociências e, através de diversas atividades interativas, chamaram a atenção dos visitantes. O fascínio dos participantes chegou a surpreender os pesquisadores.

“Diferentemente da minha expectativa, há uma curiosidade muito grande em relação ao cérebro humano”, diz Wu Shin-Ting, pesquisadora associada do BRAINN.

ATIVIDADES DO BRAINN NA 67ª. REUNIÃO DA SBPC

brainn brincadeira com cerebro sbpc

“Quebra-cabeça” cerebral chamou a atenção dos pequenos.

QUEBRA-CABEÇA DO CÉREBRO: o público foi convidado a montar o cérebro como se fosse um quebra-cabeça, cada região sendo uma peça. Durante a brincadeira, alunos e pesquisadores conversavam com os participantes sobre as funções de cada parte.

IMAGENS REAIS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: pesquisadores da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp levaram ao público aplicativo que permite explorar, em 3D, o conteúdo de um cérebro humano constituído pelos dados provenientes de distintos exames. Imagens reais de ressonância magnética, tomografia computadorizada (CT) e tomografia por emissão de pósitrons (PET) foram utilizadas nas demonstrações. O público foi convidado a interagir através de uma série de brincadeiras como “caça ao tumor” e “acerte na mosca”.

Informações sobre os trabalhos do grupo da FEEC aqui!

PACMAN: o tradicional jogo é utilizado em algumas pesquisas relacionadas à reabilitação motora de pacientes de AVC. O público teve a oportunidade de brincar com essa diferente versão, comandada através de gestos por meio de um sensor Kinect, ao mesmo tempo em que aprendia sobre o cérebro.

GENIUS: outra tradicional brincadeira foi utilizada como ponte para falar com o público sobre cérebro e memória. Para quem não conhece, Genius é um jogo onde o participante primeiro vê e ouve uma sequência de luzes e cores para, em seguida, repeti-la de memória.

brainn jogo genius sbpc

Brincadeira com jogo clássico foi utilizada para explicar cérebro e memória.

SONDAS NEURAIS: o stand do BRAINN também contou com amostras de sondas neurais que estão sendo produzidas no CTI Renato Archer e com amostras de marca-passos neurais e eletrodos corticais comerciais, que o centro ainda pretende desenvolver. Os aparatos chamaram a atenção de um visitante.

“Ele disse que ‘tinha um desses implantado na medula espinhal, para dor crônica’”, conta Gabriela Castellano, pesquisadora do BRAINN. “Ele se mostrou feliz e surpreso ao descobrir que pesquisadores brasileiros estavam tentando desenvolver tecnologias como esta”.

O BRAINN também mostrou ao público algumas impressões em 3D de cérebros reais, sendo uns saudáveis e outros com tumores. Estas impressões foram feitas a partir de imagens de ressonância magnética modeladas por computação gráfica e impressas em 3D no CTI Renato Archer.

Saiba mais sobre as Sondas Neurais do Brainn!

POPULAÇÃO QUER SABER MAIS SOBRE O CÉREBRO

O intuito do BRAINN foi falar com um público amplo, em linguagem simples e de maneira compreensível, sobre o funcionamento do cérebro e sobre algumas doenças relacionadas ao órgão. Para Roberto Panepucci, pesquisador do BRAINN, ainda há “uma lacuna no conhecimento cotidiano sobre o funcionamento do cérebro”. O BRAINN ajudou a suprir essa lacuna ao conversar com pessoas que têm condições neurológicas.

“Um jovem com epilepsia, acompanhado da família, nos visitou. Eles tiveram bastante interesse em soluções alternativas à farmacológica, pois não as conheciam”, diz o pesquisador.

Outro caso é descrito pela doutoranda Luciana Ramalho. “Uma moça que foi operada de um tumor frontoparietal disse que sempre quis saber o que significava isso e que região do cérebro era essa”.

brainn sbpc cerebro

Pesquisadores e estudantes do CEPID tiraram dúvidas da população e orientaram as atividades.

Além do importante papel da divulgação científica e de dialogar e ajudar as pessoas a compreender melhor o funcionamento do cérebro e as condições que o afetam, o BRAINN também buscou estimular o público a se interessar por neurociência e a aprender mais sobre a área.

Sara Regina Almeida, pesquisadora associada do BRAINN, surpreendeu-se com o interesse que já existia em um pequeno visitante do stand do CEPID.

“Um menino, que tinha por volta de 7 anos de idade, participou do desafio do quebra-cabeça. Comecei a explicar como era o cérebro e como o órgão funcionava. Peguei o cerebelo e perguntei, apenas para estimular sua curiosidade, qual era o nome daquela região. Ele respondeu: cerebelo! A mãe disse que não havia ninguém na família da área médica, e que ele ficava estudando o atlas do cérebro desde muito criança”.

Mateus Nogueira, doutorando, afirma que atividades como as propostas pelo BRAINN têm grande potencial para influenciar na vida das pessoas e estimular os mais jovens a escolherem uma carreira na área.

“Acredito que essa experiência pode despertar a curiosidade e, quem sabe, futuramente gerar novos neurocientistas”, diz ele.


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