Aprovado medicamento para epilepsia feito por impressão 3D


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Spritam, novidade para tratar a epilepsia, é criado em impressora 3D, facilita a deglutição e dosagem pode ser personalizada para cada paciente.

Em breve chegará ao mercado norte-americano o medicamento Spritam (levetiracetam), para tratamento de epilepsia. A grande novidade em relação ao lançamento é que o Spritam é feito através de impressão 3D, uma técnica inovadora que promete diversas vantagens para os pacientes.

A impressão 3D dos comprimidos possibilita que as doses de medicamento sejam dispostas em camadas porosas, que são prontamente dissolvidas quando em contato com água. Isto facilita sobremaneira a deglutição do medicamento.

Além disso, a técnica permite que quantidades altas do princípio ativo sejam encapsuladas (até 1.000mg por comprimido). Pacientes poderão se beneficiar das doses maiores, tomando menos comprimidos por dia.

Outra vantagem da impressão 3D é a personalização. Por ser uma tecnologia rápida e relativamente barata, espera-se que em pouco tempo seja possível imprimir comprimidos com a dose exata necessária para cada paciente, facilitando a adesão ao tratamento.

Vídeo exemplifica impressão em três dimensões de um comprimido contra a asma – técnica similar à empregada no Spritam.

PROBLEMAS DE DEGLUTIÇÃO E ADESÃO RESOLVIDOS?

Cerca de 3 milhões de pessoas convivem com a epilepsia nos Estados Unidos, e 460 mil delas são crianças. Levantamentos entre pacientes apontam que 70% deles afirmam já terem se esquecido de tomar as doses recomendadas de medicamentos, o que aumenta os riscos de ataques epilépticos. Por isto, opções que contenham doses maiores de princípio ativo podem tornar o tratamento mais fácil e seguro.

Outras pesquisas feitas com pessoas acima de 65 anos indicam que 15% delas têm dificuldades de engolir os comprimidos. O problema existe também em crianças. Assim, o Spritam, que se dissolve com facilidade, poderá se tornar uma alternativa para melhorar o tratamento da epilepsia neste grupo.

A FDA, órgão regulatório dos EUA, aprovou esta semana a venda do medicamento. Estima-se que em pouco tempo ele seja aprovado também na Europa. Ainda não há prazos para venda no Brasil.


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