Estudo feito na Unicamp mostra que musculação protege contra demência


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Matéria do jornal Correio Popular entrevista os pesquisadores do CEPID BRAINN Isadora Ribeiro e Marcio Balthazar sobre pesquisa correlacionando musculação e proteção contra atrofia no hipocampo e pré-cúneo.

Por Edimarcio A. Monteiro, originalmente publicado em Correio Popular

Após seis meses praticando musculação duas vezes por semana, os participantes apresentaram proteção contra atrofia em áreas cerebrais associadas à doença de Alzheimer

correio popular - logo pequeno

(…) Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprovou que a musculação é aliada contra a demência. Esse resultado foi levantado por Isadora Ribeiro em sua pesquisa de doutorado na Faculdade de Ciências Médicas (FCM).

Os participantes da pesquisa apresentaram proteção contra atrofia no hipocampo e pré-cúneo – áreas cerebrais associadas à doença de Alzheimer – após seis meses praticando musculação duas vezes por semana. Além disso, foi detectada evolução nos parâmetros que refletem a saúde dos neurônios (integridade da substância branca).

A pesquisa envolveu 44 pessoas com comprometimento cognitivo leve, condição clínica intermediária entre o envelhecimento normal e a doença de Alzheimer e na qual há uma perda cognitiva em extensão maior do que a esperada para a idade, indicando maior risco de demência. Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos: metade cumpriu um programa de treinamento resistido com sessões de musculação duas vezes por semana, intensidade de moderada a alta e com progressão da carga. Os demais não realizaram o exercício durante o período do estudo e integraram o chamado grupocontrole.

O trabalho foi conduzido no âmbito do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e é o primeiro a demonstrar o que acontece com a integridade da substância branca de indivíduos com comprometimento cognitivo leve após a prática de musculação. Os resultados foram divulgados na revista GeroScience, publicação científica internacional de referência especializada na biologia do envelhecimento e na fisiopatologia das doenças relacionadas com a idade.

De acordo com o orientador do estudo, o médico neurologista Marcio Balthazar, pesquisador do Brainn, os benefícios podem ser obtidos com atividades físicas com esforço.

“Sabe-se que qualquer exercício físico, seja musculação ou atividade aeróbica, aumenta os níveis de uma substância química envolvida no crescimento das células cerebrais. Além disso, também pode mobilizar células T antiinflamatórias. Isso é central. Afinal, quanto mais proteína pró-inflamatória é liberada no organismo, maior a chance de desenvolver demência, de acelerar o processo neurodegenerativo e de formar proteínas disfuncionais que acabam matando os neurônios”, explicou o especialista.

 

Leia a matéria completa no site do CP

 


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