Inovação


Conheça algumas das iniciativas inovadoras do CEPID BRAINN.

BIPMed   Realidade Virtual e Aumentada   Cadeira de Rodas Robótica

 

BIPMed – Medicina de Precisão para todos

Adaptado de BIPMed.org

O Brazilian Initiative on Precision Medicine (BIPMed) é uma iniciativa de cinco CEPIDs (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão) financiados pela FAPESP.

A Medicina de Precisão (Precision Medicine) surgiu recentemente como um conceito unificador do conhecimento científico e tecnológico para criar as bases da Medicina do século XXI. Ela engloba pesquisas translacionais e medicina genômica e personalizada, propondo uma nova dimensão na integração de dados a fim de aprimorar os tratamentos de saúde.

BIPMED logoInicialmente, o BIPMed é baseado em uma plataforma digital, construída de acordo com os princípios e as orientações da Global Alliance for Genomics and Health e respeitando o compartilhamento ético de dados genômicos e clínicos. Esta plataforma é a primeira da América Latina a oferecer acesso público a dados genômicos e fenotípicos. Ela poderá ser utilizada por médicos e cientistas do mundo todo para obter e compartilhar informação sobre vários aspectos da medicina genômica e da saúde humana, assim como ajudar a disseminar conhecimento e formação nas áreas de genética molecular, biologia computacional e outras. No dia 10 de Novembro de 2016, o BIPMed se tornou o Brazilian Country Node do The Human Variome Project. Acreditamos que o BIPMed será essencial para o desenvolvimento da Medicina de Precisão no Brasil, permitindo que avanços significativos em tratamentos de saúde e nas ciências da saúde sejam alcançados.

 

Realidade Virtual e Aumentada no tratamento de sequelas de AVC

Sob coordenação da professora Gabriela Castellano, o CEPID BRAINN desenvolve dois projetos com foco na recuperação de pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). São duas as frentes de atuação: a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA). As ferramentas, que ainda estão em fase de testes, adotam estratégias que estimulam a coordenação dos pacientes e transformam os exercícios em atividades mais divertidas. Antes de abordar os projetos, porém, é preciso entender a diferença entre RV e RA.

Realidade Virtual é aquela em que o sujeito se insere numa interface em três dimensões (3D) e participa de determinado cenário. Seus movimentos são reproduzidos dentro de um ambiente fictício. As atividades desenvolvidas em RV são feitas com auxílio do sensor de movimentos Kinect – o mesmo utilizado nos videogames Xbox.

No caso da Realidade Aumentada, os elementos 3D podem ser “inseridos no mundo real”. Diversas instituições financeiras se utilizam da RA, por exemplo, para a busca de agências na cidade. Ao apontar a câmera do celular para determinada posição, o aplicativo insere na tela elementos visuais dentro da imagem real captada pela câmera do celular. É o fictício que se apresenta no plano concreto.

O foco, no âmbito da RA, concentra-se em pacientes com limitação de movimentos nos braços. Uma câmera captura a imagem do paciente e transmite para um computador. O software então analisa o corpo do paciente e ‘substitui’ o membro sem movimento por um braço na forma de realidade aumentada. Sensores acoplados ao paciente transmitem impulsos ao computador, que interpreta as informações e ativa o movimento do braço virtual.

A ideia de ambos os experimentos é analisar se os padrões cerebrais se alteram com o avanço das sessões.

– por Erik Nardini

 

Cadeira robótica eleva autonomia de pessoas com deficiência

brainn cadeira de rodas BCI

Teste de protótipo da cadeira de rodas robótica na FEEC/UNICAMP.

Um dos mais importantes projetos assistivos em andamento no Brasil está na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Um time de pesquisadores vinculado ao CEPID BRAINN trabalha no protótipo de uma cadeira de rodas robótica que pode ser controlada por movimentos de cabeça e face.

“Nós fazemos pesquisas em diversas frentes, tais como em tecnologias que respondem a expressões faciais, outras a partir de estímulos visuais (eyetracking), acionadas por voz e, finalmente, em tecnologias baseadas em Brain-Computer Interface (BCI), que é a possibilidade de converter sinais cerebrais em comandos reconhecíveis por computador”, esclarece o professor Eleri Cardozo, membro da equipe de desenvolvimento e pesquisador do BRAINN.

Ainda não há previsão para que o protótipo chegue ao mercado, mas as ambições dos envolvidos geram enorme expectativa. “Os testes em laboratório são essenciais para que possamos produzir um equipamento confortável, um equipamento para ser utilizado o tempo todo de forma natural”, explica Cardozo. “Nossa expectativa não é lançar uma cadeira de rodas completa, mas colocar o que há de melhor de toda essa tecnologia em um módulo que possa ser instalado em uma cadeira de rodas comum, algo que a pessoa já tenha”, prossegue.

O protótipo em desenvolvimento na FEEC é dotado de conexão sem fio e a cabo, disjuntores, sensores, baterias e câmeras. O pesquisador do BRAINN espera que o módulo, quando lançado, seja mais acessível do que outras cadeiras disponíveis no mercado.

O protótipo, cujo desenvolvimento envolve pesquisadores do BRAINN, foi destaque na revista eletrônica de divulgação científica ComCiência.

– por Erik Nardini